segunda-feira, 25 de abril de 2011

Epopéia Sanitária

Estava eu em minha noturna elucubração psicoesquistossomática, do alto do meu trono de porcelana, em meu recanto particular de análises, quando, num momento de execração daqueles movimentos entrecortados me veio uma sensação exotérmica de liberação gasosa seguida do exórdio da expurgação esfincteriana... Ah! Que fato extasiante! Me preenche um sentimento exteroceptivo e me derramo em mim mesmo.

E lhe digo mais: a dejeção é o momento indelével de encontro com sua autenticidade autobiográfica! É a hora na qual sublimamos toda e qualquer deliqüescência desse nosso modo de vida heterotrófico e nos entregamos à nossa sensibilidade egóica.

Não sei quê pensam: se me olham com desfaçatez ou se de uma maneira desenxabida. Deixo-lhes com esta humilde peça que não sei se é epígrafe, epigrama, epílogo, epinício, episódio, epístola, epístrofe, epitáfio, epitalâmio, epíteto, epítome ou uma simples epopéia sanitária.

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